1Experimentações com o rap e a música contemporânea na ONG Casa do Zezinho - Capão RedondoHip Hop de Fortaleza: movimento social de maioria negra índice de autoresíndice de assuntospesquisa de trabalhos
Home Pagelista alfabética de eventos  




ISBN 978-85-60944-38-5 versão on-line

Coloq. Int. Cult. Jovens Afro-Bras. Am., Encontros e Desencontros Abr. 2012

 

Relação de gênero no cenário do rap no Brasil: mulheres negras e brancas

 

 

Santos, S. M. P. dosI; Santos, J. L.II

IDoutoranda em ciências sociais pela Universidade Estadual Paulista - Campus de Marília - Faculdade de Filosofia e Ciências
IIMestrado em ciências sociais pela Universidade Estadual Paulista - Campus de Marília - Faculdade de Filosofia e Ciências

 

 


RESUMO

As reflexões desta pesquisa foram baseadas em observações realizadas em uma revista impressa intitulada Rap Nacional,em um site www.hiphopmulher.com.br, em vídeos de rap na internet e no Fórum de Hip-Hop do interior do Estado de São Paulo. A análise de tais veículos de comunicação e dos encontros dos hip-hoppers nesse Fórum revelou que a quantidade de cantores do sexo masculino é bem maior que o número de mulheres cantantes de rap no Brasil. Para compreender este fato analisa-se a questão de gênero nesse estilo musical. O rap, como um dos elementos artísticos do Hip-Hop, atrai mulheres e homens das periferias do Brasil por várias razões: uma delas é a maneira como os cantores (as) podem realizar discussões e críticas sociais através de suas músicas. Além disso, o espaço do rap permite construir referências e marcadores culturais de valorização e reconhecimento social, principalmente para as pessoas que são inferiorizadas socialmente como, por exemplo, as mulheres negras e moradoras das periferias. Dessa forma, o tema central foi delimitado nas diferenças e nos significados atribuídos à relação de gênero nas letras das músicas. Elabora-se uma reflexão de como os marcadores de diferenças são construídos socialmente e como as desigualdades sociais e as relações de poder entre os dois sexos são percebidas, afirmadas e/ou desafiadas pelos produtores do rap.

Palavras Chaves: Relação de gênero, Rap, Mulheres


 

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

 

 

Referência Bibliográfica

BRAH, Avtar. "Diferença, diversidade, diferenciação". In.: Cadernos Pagu, 26, janeiro-Junho de 2006: p. 326-376.

BUTLER, Judith. 2003. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira.

___________. 2000. Corpos que pensam: sobre os limites discursivos do sexo. In.: Guaciara Lopes Louro (org.). O corpo educado. Belo Horizonte, Ed.: Autêntica.

NICHOLSON, Linda. 2000. Interpretando o gênero. Estudos Feministas, Florianópolis, v.8, n.2, p.9 a 41.

SANTOS, Sandra Mara P. dos. "Um brinde pra mim": rivalidades e concepção de talento dos hip-hoppers de Marília. Dissertação de Mestrado apresentada ao programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Estadual Paulista - Campus de Marília. 2007.

SCOTT, Joan. História das mulheres. In.: BURKE, Peter.(Org). A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo: Editora da Unesp, 1992, pp.63-95.

SHERRY, B. Ortner. Miriam Pillou Grossi (org.). Conferências e Diálogos: Saberes e Práticas Antropológicas. ABA, Blumenau, Nova Letras, 2007.

Entrevista com Sherry Ortner. Guita Grin Debert e Heloisa Buarque de Almeida. Cadernos Pagu (27), julho-dezembro de 2006: pp. 427-447.