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An da XIII jorn. trab. Oct. 2012

 

GRUPO DE TRABALHO 01 - AGRO-HIDRO-TERRITÓRIOS, DEGRADAÇÃO DA NATUREZA E DO TRABALHO

 

Cercas e secas: reflexões sobre a água no nordeste semi-árido

 

 

Ana Paula Novais PiresI; Idelvone Mendes FerreiraII

IUniversidade Federal de Goiás - Campus Catalão. Mestranda em Geografia pela UFG/CAC, membro do Núcleo de Pesquisas Socioambientais (NEPSA - UFG/CAC), bolsista CAPES. anapaulapires05@yahoo.com.br
IIUniversidade Federal de Goiás - Campus Catalão. Professor orientador e Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Geografia na UFG/CAC. idelvoneufg@gmail.com

 

 


RESUMO

O presente artigo objetiva refletir acerca da problemática natural e artificial da água no Nordeste Semi-Árido, exemplificando o Estado da Bahia e o quantitativo de conflitos pelo uso da água entre 2002 e 2011. Para tanto, far-se-á, primeiramente, uma análise teórica no Nordeste Semi-Árido como um todo e, num segundo momento, as singularidades na Bahia, tendo como alicerce do trabalho autores como Ab'Saber (1974), Suassuna (2002;2004;2006), Malvezzi (2007;2010), Garzon (2010), Castro (1992), Bursztyn (2008), além de órgãos como a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Agência Nacional de Águas (ANA), dentre outros. Desse modo, faz-se ímpar entender o contexto hídrico no Sertão Nordestino, marcado pelo estereótipo da escassez como condicionante dos infortúnios da população, assim, as características naturais são obscurecidas pela escassez política, onde a dependência de ações assistencialistas tornou, ao longo do tempo, o Nordeste um palco de conflitos e hostilidades.

Palavras-chave: Nordeste; Semi-Árido; água; conflitos.


 

 

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