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An da XIII jorn. trab. Oct. 2012

 

GRUPO DE TRABALHO 02 - CONFLITOS TERRITORIAIS E FRAGMENTAÇÃO DO TRABALHO: a expropriação capitalista no campo e na cidade, para além das dicotomias

 

A atualidade da luta pela terra no Pontal do Paranapanema-SP

 

 

Camila Ferracini Origuéla

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Geografia pela UNESP (Campus de Presidente Prudente) Bolsista CNPq. ferracinicamila@yahoo.com.br

 

 


RESUMO

No presente artigo, tenho como objetivo apresentar a luta pela terra no Pontal do Paranapanema, extremo oeste do estado de São Paulo, no período de 2000 a 2010, e, ainda, compreender as possíveis mudanças nos processos de espacialização e, consequentemente, territorialização da luta pela terra devido, sobretudo, à expansão do agronegócio canavieiro. A atuação dos movimentos socioterritoriais em ocupações de terras e acampamentos durante a década de 1990 no Pontal do Paranapanema possibilitou a conquista de territórios, os assentamentos rurais, e a (re)criação do campesinato. Nos primeiros anos da década de 2000 a atuação, sobretudo, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi intensa na região. Já a partir de 2006 está realidade começou a mudar, o número de ocupações de terras e famílias em ocupações e acampamentos diminuiu expressivamente. O principal elemento para a explicação deste refluxo é a disputa territorial entre movimentos socioterritoriais e agronegócio. As terras antes improdutivas, atualmente estão sendo ocupadas pela produção de cana-de-açúcar e não adentram ao circuito da reforma agrária.

Palavras-chave: Luta pela Terra, Ocupações de Terras, Acampamentos, MST, Agronegócio Canavieiro.


 

 

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Orientador: Bernardo Mançano Fernandes

Co-orientador: Carlos Alberto Feliciano