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An da XIII jorn. trab. Oct. 2012

 

GRUPO DE TRABALHO 02 - CONFLITOS TERRITORIAIS E FRAGMENTAÇÃO DO TRABALHO: a expropriação capitalista no campo e na cidade, para além das dicotomias

 

Trabalho precário e informal como horizontes do trabalhador migrante do sertão paraibano1

 

 

Jackson Vital SoutoI; Josimery Amaro de MeloII

IMestre em Geografia. geografandosouto@gmail.com
IIMestra em Serviço Social. jhosimery@gmail.com

 

 


RESUMO

Nosso estudo teve como objetivo refletir o que há de novo nas contradições oriundas da práxis do trabalho migrante no município sertanejo de Santana dos Garrotes, estado da Paraíba.
Metodologicamente combinamos a pesquisa documental e bibliográfica à exploratória com lampejos de análise, tendo como pressupostos teóricos a geografia do trabalho de origem marxiana. Dois temas nos interessaram: entender os mundos do trabalho com o advento da reestruturação produtiva e do espaço e a regulação do Estado capitalista. Este ao planejar ações e projetos de combate à seca, modernização agrícola e segurança hídrica em seu discurso regula o ordenamento territorial e arrefece o potencial de organização e de luta de classes no espaço do sertão da Paraíba. O trabalho migrante, precário e fragmentado, resulta por um lado da manutenção de níveis elevados de lucro e acumulação de capital e por outro do avanço do capital nos espaços de acumulação primitiva. O trabalho migrante (re) produz historicamente contradições econômicas e políticas na produção do espaço agrário cuja especificidade histórica é a subordinação entre diferentes regiões como o litoral e o sertão.

Palavras-chave: trabalho migrante, luta de classes, resistência, Estado capitalista.


 

 

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Biblografia

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1 Este artigo é resultado parcial de pesquisa de pós-graduação nível de mestrado realizado durante os anos de 2010 a 2012, sob o título: Resistência e Trabalho no Campo no Município de Santana dos Garrotes orientado pelo professor Drº. Caio A.A. Maciel.