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An da XIII jorn. trab. Oct. 2012

 

GRUPO DE TRABALHO 03 - IDEOLOGIA, EDUCAÇÃO E DISCURSO

 

O movimento de educação para todos e seus rebatimentos na formação docente da UFPB

 

 

Débora Accioly DionisioI; Homero Dionísio da SilvaII

IGraduanda em Letras com habilitação em Língua Portuguesa pela Universidade Federal da Paraíba e membro do grupo de pesquisa Marxismo e Educação vinculado ao Instituto do Movimento Operário/UECE
IIGraduado em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal da Alagoas e membro do grupo de pesquisa Marxismo e Educação, vinculado ao IMO

 

 


RESUMO

Vivemos hoje o que Mészáros (2002) irá denominar como crise estrutural do capital. A incidência desta crise tem alcançado todos os campos das atividades sociais, mas conserva, de toda forma, sua matriz: a perpetuação no sistema capitalista, o que não acontece sem gerar enormes perdas para a humanidade. Uma das esferas de maior rebatimento dessa crise é o complexo educacional e a forma como isso acontece é a partir da redução do caráter transformador e emancipador da educação à mera categoria de serviço, enquadrando-a no campo da mercadoria, tendência geral do sistema do Capital. Nesse sentido, surge o Movimento de Educação Para Todos, um segmento do movimento geral das Metas do Milênio3 que pode ser enquadrado num pacto pró- educação funcional e que é abastecido pelos organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas para a Ciência, a Cultura e a Educação (UNESCO) e o Banco Mundial. Tais referências de universalização acontecem em Conferências, uma das mais significativas foi a Conferência Mundial de Educação Para Todos, ocorrida em Jomitien/Tailãndia, em 1990, que teve como intuito estabelecer a forma da educação do futuro, pressentindo a renovação dos sistemas educacionais, introduzindo-o ao rápido e intenso mundo da economia globalizada, bem como às suas exigências. Assim, a formação docente no Brasil tem sofrido modificações extremas que visam atender precisa e imediatamente às deliberações advindas desses eventos e documentos internacionais que trazem a necessidade urgente de seu modelamento à "sociedade do conhecimento". Tais mudanças são perceptíveis à observação a partir dos próprios Projetos Políticos Pedagógicos dos cursos de Licenciatura da Universidade Federal da Paraíba, que passam a introduzir no professor a necessidade da criação de "habilidades e competências" no alunado, não práticas libertadoras e de conhecimento. Este é o objetivo primordial deste trabalho: verificar como essas tendências universais de redução do papel do educador e da prática educativa são visíveis na prática da formação do novo educador.

Palavras-chave: crise estrutural do capital; Movimento de Educação Para Todos; formação e prática docente.


 

 

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