ISBN 978-85-60944-35-4 versão
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An 9 Col. LEPSI IP/FE-USP 2012
Mal-estar: marca da escola na contemporaneidade?
Edileide M. Antonino da Silva
Pedagoga, Psicopedagoga, Terapeuta Comunitária da Fundação Cidade Mãe (SECULT). Mestranda do Programa de Pós-graduação em Educação da UNEB. Pesquisadora do GEPE-rs (Grupo de Estudo em Psicanálise, Educação e Representação Social). Contato: leideantonino@yahoo.com.br
RESUMO
São muitas as pesquisas que investigam a questão do mal-estar docente e da própria escola, afeto que se percebe com frequência no ambiente educacional. Fala-se do mal-estar, da queda da autoridade do professor, das questões sociais, da subjetividade do docente e de outros tantas mazelas que afetam a escola. O tema também tem sido alvo de discussões nas quais são elencados inúmeros fatores responsáveis pela presentificação deste mal-estar, especialmente no que concerne diretamente ao professor: poucos prazeres e muitos desprazeres neste ofício. Estamos em tempos pós-modernos e é possível se constatar o fenômeno da desautorização presente na escola, desestruturando não só o processo educacional, mas a todos os atores que vivenciam este ambiente. Resta-nos investigar o potencial deste fenômeno para o surgimento do clima de mal-estar que circula e circunda a escola. Antes de enveredar pelos teóricos da psicanálise que debatem essa temática, apresentamos o que se discute sobre o assunto num contexto mais amplo através das pesquisas de Saul Neves de Jesus e José Manoel Esteve. Trazemos, então, como relevantes para a compreensão do mal-estar que ocupa a escola contemporânea os estudos do mestre Sigmund Freud sobre o mal-estar na civilização, Marcelo Ricardo Pereira e sua discussão sobre o lugar do mestre na contemporaneidade, Maria de Lourdes Ornellas e o debate sobre os afetos na escola, Bauman e o mal-estar na pós-modernidade. Não concluímos esta fala, pois fica em aberto o questionamento: o bem-estar na escola está no campo das possibilidades ou é mais um desejo utópico? Será o mal-estar docente uma marca da escola contemporânea? O artigo nos propõe uma reflexão sobre isso.
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